24 de junho de 2020


exame covid

Os exames sorológicos iniciaram na segunda-feira, na Grande Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral. São 30 mil testes disponíveis e o número pode ser ampliado de acordo com a demanda

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om investimento de R$ 3 milhões, o Serviço Social da Indústria (Sesi) adquiriu quites de exames para a Covid-19 a serem concedidos a preço de custo para empresas realizarem a testagem em massa de trabalhadores industriais no Ceará. Ontem, um dia após o início do programa, já havia 4 mil testes agendados, totalizando 100 negócios.

A taxa é de R$ 120 por funcionário, mas pode variar entre R$ 96 e R$ 114 para associados. Na Grande Fortaleza, a amostragem é realizada em clínicas do Sesi no Centro e Maracanaú. Ainda estão disponíveis para unidades de Juazeiro do Norte e Sobral.

As indústrias também podem optar pelo serviço in loco, desde que tenham a infraestrutura e cumpram com as regras sanitárias exigidas para receberem os profissionais de saúde. A medida visa garantir a segurança dos funcionários e, também, reduzir as possibilidades de nova paralisação das atividades econômicas diante do risco de aumento de casos do novo coronavírus.

O exame disponível é o sorológico — o qual detecta se há anticorpos no organismo do tipo IgM e IgG. O resultado, que sai entre 15 e 20 minutos, revela se o trabalhador teve contato com o vírus e se o sistema imunológico desenvolveu alguma defesa. A recomendação é que sejam testados os que apresentarem algum sintoma, tenham tido exposição ou contato com caso suspeito ou confirmado da doença.

A testagem deve ser feita a partir do 8º dia dos primeiros sintomas. Já em casos assintomáticos, o indicado é a partir do 14º dia de algum tipo de exposição. De acordo com a superintendente regional do Sesi Ceará, Veridiana Soárez, o foco inicial é atender às indústrias, mas pode ser ampliado para o comércio.

“Essa prevenção ajuda no processo da retomada. A partir do momento em que se tem conhecimento sobre a saúde dos funcionários, é possível definir novos planos de operação com mais segurança e de acordo com a realidade de cada companhia”, explica, frisando que a medida deve ser alinhada juntamente com as já definidas pelos protocolos sanitários de cada setor.

Veridiana destaca que o projeto não tem prazo para ser finalizado e deverá funcionar enquanto ainda houver necessidade de assistência à saúde para os setores econômicos.

A gerente da Unidade de Segurança e Saúde para a Indústria do Sesi, Kassandra Morais, explica que, quando é feita uma amostra composta de pessoas que estiveram expostas recentemente ao risco de contaminação ou estão sintomáticas, o percentual de IgM positivo deverá ser alto.

No caso de testados que passaram pelo processo de recuperação ou mesmo se expuseram há mais tempo, esse IgM vai tender a um percentual mais baixo e o de IgG vai subir.

“O importante é que o trabalho de triagem e a conduta acerca do resultado do exame é um trabalho especializado, requer acompanhamento da saúde do trabalhador de uma forma integral”, frisa, destacando que o serviço do Sesi engloba triagem, testagem e monitoramento da saúde dos operários, que podem ser realizados juntos o isoladamente.

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Foto: luciana pimenta
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