3 de maio de 2016


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A indústria perdeu espaço na economia do Ceará no período que compreende os anos de 2010 a 2013. É o que aponta o estudo Perfil da Indústria nos Estados, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, o Estado teve queda de 1,5 ponto percentual (p.p) no período. Em 2010, a participação econômica era de 22%. Em 2013, 20,5%.

 

A perda da competitividade provocada pela falta de infraestrutura, burocracia e baixa produtividade foram os principais fatores para a retração. “Sabe-se que a indústria apresentou uma queda de produção maior que os outros setores. Esse movimento tende a se intensificar”, ressalta Maria Carolina Marques, economista da CNI.

 

Guilherme Muchale, economista da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), afirma que o industrial está cauteloso no que diz respeito aos investimentos. Para ele, o caminho para a retomada da atividade é a inovação. “Obviamente, alguns setores podem aproveitar a situação para explorar novos mercados, sair do convencional. Tende virar uma agenda prioritária por parte dos industriais”.

 

O maior recuo ocorreu na Bahia, onde a participação da indústria na economia caiu 6,6 pontos percentuais, de 27,1% em 2010 para 20,5% em 2013. Em seguida, vêm Amazonas, com retração de 5,7 pontos (de 42,7% para 37%) e Tocantins, com queda de 4,3 pontos (de 21% para 16,7%).

 

Amapá (5,5%), Maranhão (2,2%), Espírito Santo (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%) foram os únicos estados com resultado positivos. Amapá (5,5%), Maranhão (2,2%), Espírito Santo (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%) foram os únicos estados em que houve crescimento da participação da indústria no PIB. (Átila Varela)