22 de agosto de 2018


ambev

Mesmo com a queda no consumo de cervejas, a AMBEV lucrou 2 bilhões de dólares, o melhor resultado entre as multinacionais no país

 

Por Gabriella Sandoval

 

Controlada pela belga AB INBEV — maior fabricante de cervejas do mundo —, a Ambev vem enfrentando uma situação adversa: o consumo da bebida no Brasil caiu de 67,8 litros per capita, em 2014, para 60,7 litros, em 2017. No ano passado, a empresa faturou 6,7 bilhões de dólares e lucrou pouco mais de 2 bilhões de dólares. Em comparação com o ano anterior, houve uma redução de 41% no lucro — mesmo assim, foi o maior valor entre todas as multinacionais que atuam no país. “Seguimos focando nossas principais marcas, já conhecidas dos brasileiros”, diz Nicole Schulze-Blanck Brink, diretora de relações com investidores da Ambev. Em 2017, a empresa reformulou as embalagens de Brahma e Skol para aumentar a diferenciação das marcas e apostou em cervejas premium — as vendas da Budweiser cresceram mais de 30%. O desafio agora é distanciar-se da holandesa -Heineken, que adquiriu em 2017 a Brasil Kirin e a Cervejaria Petrópolis.

16,3 bilhões de litros de bebidas foram comercializados pela ambev no ano passado. Esse volume, que corresponde a quase 49 bilhões de latinhas de 350 mililitros cada uma, é suficiente para encher mais de 6 000 piscinas olímpicas.


1,9 milhão de garrafas pet deixaram de ser produzidas pela ambev nos últimos seis anos, evitando a utilização de um total de 94 000 toneladas de insumos — volume equivalente ao lixo gerado por 245 000 pessoas em um ano. Essa queda ocorreu por causa do aumento do uso de material reciclado nas garrafas.


12,4 milhões de toneladas de vidro deixaram de circular no mercado brasileiro desde 2014 graças ao aumento da oferta de garrafas retornáveis e à instalação de máquinas coletoras dessas embalagens. O volume corresponde a quase 32 estádios do Morumbi cheios de garrafas. As cervejas em garrafas retornáveis já representam 29% das vendas no varejo.